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Mirela

A primeira vez que a ví não tive certeza se era uma menina ou um menino. Tinha os cabelos curtos, não usava maquiagem nenhuma e os seios não se pronunciavam sob a farda do colégio. Ela estudava em outra classe e encontrávamos ocasionalmente na hora do intervalo.Não sei bem o que ela tinha comigo, mas parecia gostar de me provocar, pois adorava passar o tempo me encarando. Aquilo me perturbava. Todos do colégio já começavam a perceber e minhas amigas estavam comentando “sobre a sapatão que ficava me olhando durante todo o intervalo”.

Naquele dia estranhei que não a vi. Depois de tanto tempo sendo observada, não ter olhos seguindo seus passos chegou a ser estranho. No fim do intervalo, antes de retornar a sala, decidi ir ao banheiro. O coração disparou ao perceber que ela estava lá, calmamente lavando as mãos. Sem nada falar, disfarcei e me dirigi ao box. Fechei a porta, abaixei minhas calças e sentei na privada. Escutei a porta abrindo e fechando. “ela foi embora”, pensei. Em seguida, um clic metálico me surpreendeu e, antes que eu pudesse perceber que tinha sido a tranca da porta externa, a porta do box abriu.

− Precisamos conversar − disse ela.

− Não sei porque, mas se precisa conversar, ok, mas posso terminar meu xixi? − respondi, assustada.

Ela nada respondeu. Eu terminei o que estava fazendo e comecei a me limpar, incomodada com a garota, que decidiu ficar ali, na porta, aguardando. E, antes de terminar, ela agiu, puxando-me pelo braço e olhando-me nos olhos, disse:

− Gosto de você!

Puxando-me contra ela, tentou o primeiro beijo, mas virei o rosto. Ela tentou novamente mas, mais uma vez, consegui me desvencilhar. Tentei afastá-la, mas ela era mais forte e me precionava contra a parede. Resisti ao máximo, mas na terceira (ou quarta) tentativa sua língua encontrou minha boca.

Aquele jogo, que não era exatamente sedução, mas força e dominação me excitou. A curiosidade dominou e terminei cedendo aos seus caprichos.

Estávamos ali, no banheiro do colégio, trancadas, nos beijando loucamente. Suas mãos tocam meu corpo por baixo da farda. Quando percebo já estou apenas de calcinha. Sinto, por cima do tfino tecido, sua mão acariciando meu sexo molhado. A outra mão cobrindo minha boca, evitando meus gemidos escandalosos.

Sua boca passeia pelo meu corpo: pescoço, seios, barriga. Sua língua brinca, ainda por cima da calcinha, com minha buceta. Encostada contra a parede, com as pernas abertas, meu corpo estremecia e eu gemia seu nome:

− Mirela, Mirela, Mirelaaaa…

Puxada para o lado, a calcinha penetrou entre meus glúteos e sua língua encontrou meus lábios vaginais. Instintivamente minhas mãos agarraram sua cabeça, forçando-a contra meu corpo. Gozei ali, em pé, no banheiro da escola.

Desfalecida, olhei-a nos olhos. Ela ali, ajoelhada, olhando para mim com um sorriso satisfeito.

− Quero dar prazer a você sempre − ela disse.

Quando tentou se levantar, aproveitei que ainda estava tentando-se equilibrar e peguei-a com força, encostando-a contra a pia do banheiro. Sem trégua, retribui os beijos, tirando sua camisa e brincando com seus seios. Com ela sentada sobre o balcão da pia, tirei o resto de sua roupa. Abri suas pernas e toquei com minha língua o seu sexo, repetindo o que tinha experimentado. Seu gosto preencheu minha boca e olhando para cima a vi mordendo a própria mão, evitando dar um grito comprometedor.

Cansadas e satisfeitas, ficamos ali, ainda um tempo abraçadas. Quando saímos, percebemos que as aulas já tinham terminado e a escola estava praticamente vazia. Foi sorte ninguém ter precisado do banheiro. Ao nos despedimos demos um selinho.

No dia seguinte nos encontramos novamente. No banheiro.

Fernanda IV

Faziam meses que Fernanda não tinha notícias de Miya, a dançarina oriental que a tinha seduzido. Apesar de sentir-se abandonada, para as amigas se fazia de durona. Nunca admitira esse estranho relacionamento para elas e, como consequência, não podia contar com o apoio delas. Mas durante os dois primeiros meses, em casa, a noite e sozinha, chorava. Agora, passado três meses, começava a se acostumar a ideia de que Miya tinha sumido de sua vida para sempre.

Era um dia ensolarado e tinha aceitado o convite de Carla, sua melhor amiga, para almoçar. Foram três dias de insistência da amiga até que cedeu. Não tinha mais desculpas. O restaurante escolhido era recém-inaugurado e ficava localizado próximo a casa da amiga. O assunto da conversa era o usual: meninos, meninas, as amigas, roupas. Tudo isso entediava Fernanda, mas ela procurava não demostrar.

Já estavam na sobremesa quando o celular de Fernanda tocou. Número confidencial.

− Quem é? − Perguntou Carla.

− Não sei. Não aparece o número.

Fernanda rejeitou a chamada.

− Não vai atender?

− Não. Não sei quem é.

− Deve ser aquela dançarina por quem você se apaixonou…

Fernanda fez uma cara feia para a amiga. Não gostou da brincadeira. Carla era uma das amigas que tinham providenciado a festinha particular com Miya, mas não tinha ideia de como o relacionamento entre as duas evoluíra. Brincadeiras, contudo, sobre Fernanda e a dançarina oriental eram comuns por parte das amigas.

Terminaram a sobremesa e a conversa sem nenhuma nova interrupção. Conta paga e já caminhavam para a saída do restaurante quando recebeu uma mensagem. O celular acusava novamente número confidencial − Encontre-me no endereço que seguirá em breve às 16h. Não se atrase. − Seu coração disparou. Era Miya. Sabia que era. Empalideceu e branca como era, pareceu feita de porcelana. Perdeu as forças de suas pernas e o mundo girou a sua volta. Sentiu que ia cair, quando uma mão a segurou com força.

− Que foi amiga? Passou mal? Algo que comeu?

− Foi só uma tonteira. Já passou.

− Tem certeza?

− Sim, já passou, estou bem. − Desconversou Fernanda, olhando novamente para o celular. A segunda mensagem com o endereço estava lá. Não sabia o que devia fazer. Tinha pouco mais de uma hora para decidir. Despediu-se de amiga e seguiu para casa, sentindo-se ainda fraca.

Na hora marcada estava lá, à frente da porta da casa que indicava o endereço, parada, sem ação, com o coração em disparada. Na cabeça um turbilhão de pensamentos circulavam em um microssegundo: tocava a campainha? Voltava para casa? Procurava as amigas? Quando resolveu levantar o braço em direção ao botão da campainha, a porta abriu. Do outro lado estava Miya.

− Que bom que você veio. Sabia que podia contar com você.

Fernanda nada conseguia dizer. Ficou alí em pé, apenas olhando para aquela mulher a sua frente, que trajava um vestido vermelho, como dessas personagens femme-fatales do cinema.

− Entre − ordenou a japonesa. Fernanda obedeceu. − sempre obedecia − pensou. Não entendia o poder que a dançarina exercia sobre ela. Tinha centenas de perguntas para Miya: três meses sem notícias? Por que o abandono? Por que esse chamado agora? Todas passavam em sua cabeça, mas não chegavam em sua boca. Mais uma vez pensou em ir embora, mas o corpo não respondeu a esse instinto.

E para piorar, Miya agia com uma normalidade que a perturbava. Parecia que o último encontro das duas tinha sido ontem. Mais uma ordem, Fernanda apenas obedecia:

− Vá no primeiro quarto. Lá você encontrará o que deve vestir.

Em cima da cama estava um biquíni de couro, uma coleira e uma tiara com orelhas de gato, todos pretos. Fernanda não teve dúvida. Tirou a roupa que estava vestindo e trocou pelas que estavam na cama. Por último colocou a coleira e a tiara. Virou-se em direção a um espelho que se encontrava na parede ao lado e ficou orgulhosa com o que via. Dirigiu-se a porta, mas diante dela, com a mão estendida para a maçaneta, exitou por um instante. Percebia que estava em um jogo perigoso, mas essa ideia a excitava muito. Respirou fundo e abriu a porta.

Na sala, Miya a esperava com uma outra garota ao seu lado. Era uma morena, de olhos castanhos claros e cabelos lisos e que se vestia como ela, com a diferença que as peças eram brancas. Ver outra pessoa ali, numa situação similar a sua, a irritou profundamente, mas procurou não demonstrar e guardou esse sentimento para si.

Miya veio até ela e, acariciando seu rosto, aproximou-se de seu ouvido e, murmurando levemente, com um tom de voz que fez sua espinha estremecer, disse que tinha se tornado uma linda gatinha. Depois a fez girar a sua frente e completou:

− Não, ainda falta uma coisa para virar uma gatinha completa.

Fernanda então olhou para a outra garota e percebeu que ela tinha um apetrecho a mais em sua fantasia. No mesmo instante escutou Miya abrindo uma gaveta. A imagem que Fernanda fez do que viria a seguir provocou novo calafrio. Sentiu, então, a mão de Miya, lambuzada, tocando sua bunda e lubrificando toda a região. Inicialmente dedos a penetraram, acostumando-a, mas depois sentiu a borracha fria. Por fim, como a companheira de branco, agora também tinha um rabo, com uma única diferença, a cor preta.

Olhou Miya nos olhos e sentiu um brilho de felicidade em seu olhar. Todo o incomodo que sentia passou em saber que a outra estava gostando de vê-la daquela forma.

A Japonesa, gesticulando, chamou a outra garota e colocou-as, cada uma de um lado seu, mas frente a frente. Fernanda, olhava a rival − seria rival? − ou colega, nos olhos. Tinham quase a mesma altura.

− Olhem só − disse Miya − Minha gatinha preta e branca e minha gatinha branca e preta.

Fernanda pensou em perguntar o nome da outra garota, mas desistiu. Assim como ela, a outra garota também nada dizia, apenas observava e obedecia. Miya, então prendeu cada garota, pelas coleiras, a uma argola, uma em cada canto da sala.

− Ficarão aí, gatinhas, até o pessoal chegar.

Pessoal? − pensou Fernanda. − Mais gente? − seu coração acelerado denunciava o medo que tomou conta de seu ser ao escutar essas palavras.

* * *

Logo começaram a chegar as pessoas. Fernanda tentou contar, mas perdeu as contas depois de contabilizar cerca de 41 mulheres e 7 homens. Miya, passeava entre elas, conversando e eventualmente cumprimentando-as, com beijinhos na bochecha ou selinhos. Às gatinhas deu apenas duas orientações: elas eram bichinhos de estimação. Estavam ali para entreter o grupo. Mas nenhuma pessoa estava autorizada a tocá-las sem sua permissão. E nada de falar.

Em instantes as duas gatinhas foram cercadas pelos curiosos. Todos respeitavam a diretriz de não poder tocar, mas estar ali, sendo observada por um grupo de pessoas, todas comentando, várias a desejando − era muito excitante para ela e, em diversos momentos, Fernanda realmente desejou ser tocada. Repetidamente observava a companheira encoleirada e era visível que a outra gatinha também estava curtindo ser alvo de tanta atenção. Talvez até mais que ela própria.

Envolvidos pela bebida, a festa logo transformou-se em um verdadeiro vale-tudo. As mulheres e os homens começaram a se pegar e sem nenhuma distinção de gênero. Fernanda percebeu que praticamente todos na festa eram homo ou bissexuais.

Naquele instante procurou por Miya e não encontrava. Não saber onde ela estava angustiava-a e passou a vasculhar de tempo em tempo o ambiente tentando localizá-la.

Repentinamente a música parou e as luzes foram apagadas. Dois focos luminosos iluminaram uma porta. Todos olham nessa direção. A música retorna, mas em um ritmo bem mais erótico e da porta sai a japonesa, dançando sensualmente.

Com a escuridão e toda atenção voltada para Miya, uma mulher loira, aproveita-se da situação, agarra Fernanda por trás, acariciando seus seios e tocando-a, por cima do biquini, em seu sexo e dizendo que ela é muito gostosa e que adoraria te-la a noite toda. O ataque é repentino e rápido. A loira se afasta e perde-se n meio das outras pessoas para assistir ao show da japonesa. O efeito do ataque em Fernanda, contudo, foi fulminante. Estava com seu sexo molhado e desejando mais.

Logo após o ataque percebeu que estava solta. A corrente não mais prendia sua coleira à parede. Olhou para a outra garota fantasiada de gata e percebeu que ela também estava solta, mas ambas não sabiam o que fazer com a liberdade recém-conquistada.

Mas Miya solucionou o problemas. Com um gesto, no meio da dança chamou as duas para perto de si, que prontamente obedeceram. A japonesa, então, aproximou seu rosto de ambas e ordenou:

− Beijem-se!

Fernanda virou-se e olhou para a morena, mas essa, sem pensar duas vezes, envolveu-a em seus braços beijou-a energicamente. Pega de surpresa, Fernanda sentiu suas pernas tremerem, mas retribuiu o beijo com mesma intensidade.

Miya então, aproveitando-se que as gatas, a loira e a morena, estavam agarradas, acariciava-as, beijando-as no pescoço e nas costas. Suas mãos enfiava-se entre os corpos, tocando-as nos seios, barriga, entrando em suas calcinhas e dedilhando seus sexos molhados.

A excitação de Fernanda era imensurável e ela não sabia se era pelo fato de estar com sua japonesa, naquela pegação a três ou por estarem todos observando-a. Depois, com pensando com calma, conclui que era um pouco de cada um desses elementos que a deixou assim.

Com ela e a companheira já despidas de seus biquínis, Miya, sentou-se em uma cadeira, abriu a perna e deu nova ordem, para que as duas a chupasse. O sexo ali se tornara explícito e Fernanda estava completamente entregue a ação.

A exibição terminou com o gozo de Miya. Nesse momento Fernanda estava com sua boca no sexo da oriental e a outra garota, fantasiada de gata branca, chupava seus seios. A japonesa levantando-se, puxou as duas pelas coleiras e sumiram dentro de um quarto. Do lado de fora, a música mudou para algo mais dançante anunciando que o show terminara, mas a festa continuaria por várias horas.

Dentro do quarto Miya levou-as para uma cama onde deitaram-se as três. Beijava as duas garotas alternadamente e em alguns momentos direcionava-as para beijarem-se entre si. E a única coisa que dizia era uma repetição de palavras:

− Minhas gatinhas, minhas gatas lindas e sensuais… minhas gatinhas gostosas…

Os beijos foram excitando as garotas e logo estavam se acariciando novamente. Não tardou e as bocas encontravam o sexo de alguma outra garota e para deleite de Fernanda, Miya chupou-a até um gozo que a fez desmaiar.

Quando acordou já era dia. Procurou a japonesa ou a outra gata pela casa, mas não encontrou. Só havia alguns poucos convidados, espalhados pelos diversos cômodos do casarão. Por sorte encontrou a roupa com que chegará. Chamou um taxi e foi para casa.

A tarde recebeu uma mensagem. Era de um número confidencial − Adorei a noite. Breve teremos outra. − O coração de Fernanda disparou.

 

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Gabriela

Mudança

As caixas ainda estavão espalhadas pela sala, com toda nossa vida dentro dela: roupas, objetos, livros, fotografias. Muita coisa ficou para trás. É o que acontece quando nos mudamos. Só trazemos o que podemos, o que é possível, o importante. Muita coisa fica pra trás. E não é só objetos. Família, amigos, namorado. Tudo fica pra trás, em outro lugar. Em outra cidade. Nem preciso dizer que odeio tudo isso, não é?

Marco, meu namorado, prometeu vir sempre. Pelo menos uma vez a cada 15 dias. Mas não sei se vai conseguir. Minha antiga cidade fica distante da nova. São três horas de carro. Quatro, se vier de ônibus. E nem eu nem ele temos muita grana para ficarmos gastando com a passagem. Mas meu pai teve que vir. Não tivemos muita opção. Ou aceitava esse emprego ou ficava sem nenhum. Então, vinhemos. Eu, ele, minha mãe e minha irmã mais nova. Bem, pelo menos não vou ter que dividir o quarto com a chata de minha irmã.

Nova escola

Segunda semana na escola nova. Até que os professores são bons, menos a chata da professora de história. Nunca gostei de história e ainda mais com uma professora chata e metida. Acho que nunca vou passar. O de matemática parece ser meio confuso, mas pelo menos é legal com a turma. Fora isso os outros parecem ser bons. Eu é que nunca fui boa aluna mesmo.

Ainda não fiz amizade com quase ninguém. Não é fácil chegar e se enturmar. E sou muito na minha. Muito quieta. Tenho sempre tentado conversar com todos da turma, mas as que mais se aproximaram de mim foram a Paula, uma loira magra e alta, a Janete, meio gordinha, com cara redonda, branca e de cabelo vermelho e a Denize, uma morena com um corpo de modelo e que deixa todos meninos da escola babando. A Paula foi a primeira das três com quem troquei ideias. Ela descobriu que eu curtia uma mesma banda que ela e começamos a conversar sobre isso. Através dela me aproximei das outras duas. Elas são amigas, ainda, de uma outra garota: Gabriela. Ela usa cabelos coloridos e é ainda mais quieta que eu. Quando as meninas vem conversar, ela fica afastada, apenas olhando. Ontem perguntei a Paula qual era a dela. Ela respondeu que era só timidez e riu.


Namorado

Mais de dois meses que estou aqui e Marco só conseguiu me visitar na primeira semana. Agora ele me liga para dizer mais uma vez que não vai conseguir vir esse fim de semana. É uma verdadeira merda essa coisa de namoro a distância. Não sei se vamos conseguir continuar. Sei que o amo, mas está difícil fica sozinha aqui. E não fossem as meninas da escola. Elas são legais, menos aquela Gabriela. Ela é estranha. Quase não fala quando estou por perto, mas basta me afastar que fica de qui-qui-qui com as outras. Droga. Preciso de Marco.

Convite

A escola está chata. Mas que escola não é? Pelo menos estou bem mais próxima de Paula, Denize e Janete. Gabriela ainda é um mistério. Sempre próxima das três, mas quando me aproximo, ela se afasta. Mas fica sempre me olhando. Hoje mesmo, no meio da aula, olhei para trás e estava ela lá, me observando, com uma cara estranha. Quando percebeu que me virei, tentou disfarçar. Acho que ela não gosta de mim. Se eu fosse corajosa ia conversar com ela. Saber o que ela tem contra mim. Paula diz que é o jeito dela e só.

Denize e Janete vieram me convidar para uma festa na casa de Denize na sexta-feira. Disseram que fazem sempre, quando a mãe dela viaja e deixa a casa sozinha. Nunca chamam muita gente, para não bagunçar muito, mas que levavam sempre bebidas e podemos ouvir música alta e dançar a vontade. Fiquei feliz com o convite. Acho que as meninas e eu estamos mesmo virando amigas.

Perguntei se Gabriela iria. Elas disseram que Gabriela e a namorada iam sempre, então deviam ir. Namorada? Não sabia que Gabriela era lésbica. Fiquei passada, sem palavras.

O sonho

Estava na escola. As meninas me cercavam. Paula atrás de mim agarrava meus braços. Denize e Janete arrancavam minha roupa. Fiquei nua. Eu gritava e forçava, mas Paula era forte. Não conseguia escapar. Olhava para o lado e via Marco sentado na bancada do professor, acariciando seu pau por cima da calça. Gritava por ajuda para ele, mas ele nada fazia, pensando apenas em seu próprio prazer. Gabriela aparecia a minha frente. Nua. Agarrava delicadamente meu rosto e aproximava seus lábios do meu.

Acordei suada e assustada. Que era isso? Que sonho foi esse? Não compreendia nada. Estava tensa. Tomei um banho frio par me recuperar e tentei não pensar nisso. Mas toda vez que via Gabriela lembrava dela no sonho, segurando minha face e tentando me beijar. A lembrança provocava um arrepio nas costas. E o pior era não ter com quem conversar. Ainda não era intima suficiente das meninas. E ainda tinha a festa. Será que eu devo ir a festa? Saudade de Marco.

Festa
Eu estava quase saindo para ir para a festa quando Marco ligou. Passamos quase uma hora no telefone. Ele não gostou muito de saber que eu ia para a festa. Mas não posso deixar de me divertir só porque ele quer. E ainda por cima nem sei o que ele anda aprontando. Quase brigamos por conta disso. Não demostrei para ele, mas desliguei o telefone com raiva e com vontade de aproveitar ao máximo a festa.

Sem pensar muito bem, com a raiva de meu namorado, fui logo me encontra com Janete, que foi a primeira das meninas que vi. Contei pra ela o que aconteceu e ela recomendou relaxar e me serviu um copo de vodca com laranjada. Não sou acostumada a beber, mas aceitei e tomei de uma vez. Fomos dançar. As outras meninas, Denize e Paula, aparecerem e começaram a dançar conosco.

Resolvi dar uma volta e pegar mais uma bebida. Fui até a mesa onde estavam as garrafas e enquanto me servia, olhei em volta. Foi quando comecei a perceber que era uma festa só de garotas. Olhei em volta de novo, procurando rostos conhecidos. Vi que algumas das garotas eram do colégio, mas outras eu nunca tinha visto. Algumas das meninas, mais desinibidas, começavam a se pegar. Olhei em volta, procurando Gabriela, mas não consegui encontrá-la. Estranhei que ela não estava ali, me observando. Ri para mim mesma, tomei um grande gole e voltei pra pista de dança.

Pegação

Eu estranhei toda aquela situação. Nada contra festa gay, mas eu não espera. As meninas não tinha dito nada. E, ainda por cima, era só de meninas. Mas estava afim de me divertir, então relaxei e aproveitei.

Estava terminando o segundo copo quando percebi que Paula e Denize começavam a se beijar. Janete se aproximou para contar, rindo, que era sempre assim quando elas bebiam, se não aparecesse mais ninguém terminavam se pegando. Todo aquele clima estava mexendo comigo.

Só quando fui preparar a terceira dose é que percebi Gabriela em um canto. Estava me olhando, como sempre. Não sei bem porque, mas gostei disso.

Beijo
Não sei bem o que estava pensando. Acho que o álcool pensava por mim, mas encostei-me em um canto, de forma que fiquei praticamente de frente para ela e comecei a encará-la. Inicialmente ela ficou desconcertada, mas passou a olhar de volta, até que chegou uma pessoa ao se lado e deu-lhe um beijo. A namorada, claro. Eu tinha esquecido da namorada. E o que eu estava pensando? Ela nem gosta de mim. E eu não sou lésbica. Tenho namorado.

Estava voltando, um pouco triste, para perto das outras meninas quando sinto algo me pegando pelo braço. É Gabriela. E me puxa para dentro de um dos quartos da casa. Pergunto se ela está louca. Ela diz que sim. Louca por mim, desde que me viu pela primeira vez. E me beija. É um beijo forte, com pegada. Algo que nunca imaginei vindo dela. Não resisto, me deixo levar. Sinto sua língua brincando em minha boca. Sinto meu corpo derreter. Sinto que, naquele momento, sou dela.

E não só minha boca, meu corpo está entregue. Suas mãos brincam nele, explorando-o, ainda por cima da roupa, sinto seu toque suave. Mordo meus lábios. Quero mais. Mas lembro. Ah que lembrança cruel. Lembro de Marco. Lembro da namorada. Grito não. Digo que temos namorados que não podemos fazer isso. Saio do quarto correndo. Fujo da festa sem nem avisar as garotas.

Segunda-Feira

Passei o resto do fim de semana mal. Achando-me estranha. Repetindo para mim mesma que não era lésbica. Não sou lésbica. Denize, Janete e Paula ligara direto, provavelmente querendo saber o que aconteceu, mas eu não atendi ninguém. Marco também ligou, mas fingi estar doente para não ter que falar com ele.

Mas, chegou a segunda-feira e com ela teria que encarar minhas colegas na escola. Todas elas, inclusive Gabriela.

Bilhete

Até que não foi difícil. Perguntaram muito sobre meu sumiço e eu menti, claro, disse que passei mal. Já Gabriela, acho que apenas me olhava, como sempre olhou. Eu não conseguia nem virar para confirmar. Estava muito confusa.

Na última aula recebi um bilhete. “Precisamos conversar. Podemos nos encontrar fora da escola?” Respondi. “Hoje não. Amanhã?” Nova resposta. “Quarta, na minha casa? Ninguém estará lá”. Meu coração tremeu. Eu e ela sozinhas? Seria uma boa ideia? “ok”

Encontro

Cheguei na casa de Gabriela às 14h35, mas passei uns dez minutos na porta decidindo se tocava ou não a campainha. Toquei. Ela abriu a porta com um sorriso que quase me derrubou. Sorri de volta e, sem falarmos nada, entrei. Ela disse que foi bom que eu fui.

Conversamos. Conversamos sobre nós. Sobre o beijo. Sobre sentimentos. Sobre minhas confusões e sobre namoros. O meu e o dela. Eu contei de Marco. De como o amo, mas como está difícil o relacionamento a distância. Ela contou que ela namorava uma menina que já fazia faculdade. Que seu nome é Mirela e que ela é super aberta em relação a relacionamento. Na verdade, a menina gostava quando ela ficava com outras meninas.

Gabriela continuou. Disse que me achava a coisa mais linda que tinha visto. E Mirela também tinha me achado linda. E no final, tinha sido ela quem a tinha incentivado a agir daquela forma na festa. No final Gabriela disse que estava muito afim de ficar comigo, se eu quisesse. E que Mirela também gostaria de me conhecer. Tudo aquilo era estranho e novo para mim, mas terminei aceitando.

Telefonema

Um telefonema e em 10 minutos Mirela chegou. Ela estava em uma galeria próxima, fazendo hora e esperando uma resposta desse encontro. Imaginei logo que as duas estavam mal-intencionadas e aquilo, em vez de me afastar da situação, me deixou ainda mais excitada.

Gabriela ofereceu vodca. Resolvi aceitar. Era uma forma de relaxar. A conversa entre as três agora eram assuntos leves. Mirela era uma garota bonita e junta de Gabriela faziam um lindo casal. Com o álcool nos ajudando a relaxar a situação começou a se tornar cada vez mais intima. Gabriela aproximou-se de mim e começou a fazer carinhos em meus cabelos. Olhei nervosa para Mirela, mas vi que ela estava curtindo. Relaxei e me deixei levar.

Mirela afastou-se um pouco e sentou-se a nossa frente. Gabriela passou das carícias aos beijos. Começando pelo meu pescoço. Fiquei arrepiada. Sua mão acariciando meu corpo, meus seios, por cima da blusa. Nossas bocas se encontraram. O beijo, dessa vez foi suave, porém longo. Aproximei minha boca de seu ouvido e disse que a queria. Ela me jogou no sofá e tirou minha roupa. Senti seus dedos me penetrando enquanto sua boca mordiscava meus mamilos.

Olhei para Mirela e ela se acariciava por cima de sua roupa. Uma mão em seus seios e a outra e seu sexo. Ela realmente sentia prazer em observar. A namorada não perdia tempo e encontrava beijava minha buceta com sua boca. Eu pedia mais. E estava gostando de ser observada. Mirela se tocava freneticamente. Acho que chegamos ao gozo juntas. Ela em sua própria mão. Eu na boca de Gabriela.

Ela veio ao nosso encontro e beijou Gabriela. Depois veio e me beijou. Ficamos assim, as três, abraçadas um bom tempo. Eu precisava ir. Mas combinamos de ter “outras conversas”.

Débora

Sentíamos a eletricidade no ar. A tensão era inevitável. Já estávamos, eu e Débora, há mais de três dias sem sair de minha casa, envolvidas por aquele projeto. Com o prazo chegando ao fim e o cansaço das noites mal dormidas, a tensão entre nós duas aumentava. Era um exercício mental constante pensar cada palavra antes de ser dita, para não entrarmos em conflito.

Além disso, existia uma outra tensão, totalmente sexual entre nós duas. Não sei explicar o que estava acontecendo e você pode procurar achar a explicação onde desejar: o confinamento, a convivência forçada ou o fato de sermos duas garotas independentes e decididas, mas a verdade é que era visível que nos olhávamos ora com raiva uma da outra, ora com um desejo intenso. Mas nada era dito sobre isso. E nenhuma das duas tinha coragem de dar o primeiro passo. E essa indecisão só gerou mais e mais tensão.

A previsão era de mais uma noite de pouco sono. Muitos pormenores do projeto ainda para elaborar e decidir. Débora perguntou o que iriamos comer. Respondi para ela pedir algo por telefone. Chinês ou pizza, ela perguntou. Respondi que tanto faz. Foi aí que a briga começou. Ela me chamou de indecisa e que o projeto não andava por isso, passei a chama-la por outros adjetivos e também passei a receber vários. Tentávamos ganhar a discussão, não com argumentos, mas com a altura da voz.

Então, sem nenhum aviso, Débora começou a rir. Eu perguntei por que ela ria, mas ela não conseguia responder, completamente sem controle. Rindo. Quando, finalmente ela conseguiu explicar, ainda entre um riso e outro, que estávamos brigando por causa de uma pizza e um yakissoba, abracei-a e rimos juntas.

Quando conseguimos finalmente terminar de rir, ficamos ali, abraçadas, olhando uma nos olhos da outra. Era um momento mágico em que parecia que uma conseguia ler a mente da outra. Era um instante de carinho e compreensão mútua. Debora, então, tocou minha face lentamente, fechamos os olhos, nossos rostos se aproximaram e nossos lábios se tocaram pela primeira vez.

O carinho se tornou eletricidade e a eletricidade que sentíamos no ar envolveu nossos corpos. Sentimos um choque e tudo isso se tornou desejo e tesão.

Fui jogada no sofá e Débora veio por cima, tirando sua própria roupa. Tirei a minha. Suas mãos tocaram meu corpo e eu toquei o dela. Senti seus dedos entre minhas pernas, ainda sobre a calcinha, enquanto nos beijávamos. Senti meu gosto em seus dedos. A toquei e fui tocada. Gozamos e dormimos, ali mesmo, no sofá. O melhor sono que dormimos em três dias. No dia seguinte acordamos tranquilas e terminamos o projeto, felizes.

Ana

–  Dá mais uma voltinha Hel? –  Pediu Ana, aproveitando-se do espetáculo que sua prima Helena proporcionava vestindo aquele biquíni minúsculo vermelho (como seus cabelos) e que contrastava com a sua pele incrivelmente leitosa.

Helena estava no auge de seus 15 anos. Ana já tinha completado 18. Apesar da diferença de idade as duas sempre foram muito próximas. Além de primas, eram melhores amigas e confidentes. As duas aprenderam  a beijar juntas. Treinavam escondidas no quarto anos antes, quando Helena tinha apenas 12 anos. Muito curiosa, a pequena perguntou se a prima a ensinaria beijar. Ficavam beijando-se, deitadas na cama, antes de dormir, quando uma ia dormir na casa da outra.

Helena tirou o biquíni vermelho e experimentou outro. Azul. Ana, sentada na cama, aproveitava cada detalhe que o momento proporcionava. Adorava ver a prima nua. Tentava disfarçar, claro. E não era raro as primas virem-se nuas. Mas aquela cena, da prima desamarrando as tiras do biquíni, despindo-se da calcinha e voltando a vestir outro biquíni, dando voltinhas e perguntando se estava bom (ou se era melhor o outro) repetidamente estava especialmente deliciosa, alimentando o voyeurismo de Ana e enchendo-a de tesão.

Encontravam-se na casa de praia dos pais de Ana sozinhas. Os pais dela inicialmente não gostaram da ideia delas irem sem a companhia de um adulto, mas Ana argumentou que já tinha 18 anos e podia cuidar de tudo. “Mas sua prima só tem 15”, respondeu-lhe o pai. “E se algo acontecer?”. A vizinha, velha amiga da família, também estaria lá naquela semana. Ela daria suporte às duas garotas e ficaria de olho, solucionando o dilema.

– O vermelho, Hel. Fica muito melhor em você, com essa sua pele branca. – Afirmou isso, enquanto dava um tapinha em sua bunda, agora coberta pelo terceiro biquíni, que exibia uma estampa abstrata, dominada por azuis turquesa e laranjas.  

A rotina dos dois primeiros dias não foi muito diferente. Passavam o dia curtindo a praia, almoçavam tarde, por volta das 15h30. O menu era composto de coisas rápidas e práticas de fazer. No primeiro dia, Ana preparou uma macarronada. No segundo fizeram sanduiches. Era por volta dessas hora que a vizinha sempre aparecia para saber se estava tudo bem com elas e se precisavam de algo.

Após o almoço tomavam banho e iam para o quarto. Lá, ficavam conversando, deitadas na cama. Naquele dia o assunto principal foi o namoro e o namorado de Helena: O que já tinham feito, como ele era, se ela já tinha dado, o “tamanho” dele. Helena tentou desconversar, mas mesmo assim, Ana descobriu que ela e ele ainda não tinham transado. Helena ainda era virgem. O mais ousado ato dele com ela foram algumas caricias em seus seios nus. Ela, por sua vez, já o tinha masturbado, fazendo-o gozar em sua mão.

– Você nunca chupou ele, Hel?

– Tentei uma vez, mas não deu certo.

– Você está precisando aprender umas coisas.

As duas riram.

A conversa durou por cerca de uma hora, até que o cansaço, promovido pelo enfado de um dia de praia transformou-se em sono e dormiram abraçadas, seminuas.

À noite trocavam de roupa e seguiam para a cidade, ver o movimento de pessoas e turistas. Como ainda Faltava cerca de um mês para a alta estação a quantidade de turista ainda não era grande. Mas naquele dia a presença de com três gringos, que Ana achava serem alemães, as animou. Mas não passaram dos olhares e da provocação.

No dia seguinte, Ana resolveu provocar. Convenceu Helena a assistirem alguns filmes – Vamos fazer algo diferente hoje? – Dissera. Chegando à locadora foi direto na seção de filmes eróticos. Helena apenas a observava, com uma expressão que era um misto de medo e curiosidade. Mas Ana percebeu algo mais em seu olhar. Um brilho malicioso. Sabia que a safada da prima estava gostando da ideia.

Voltaram para casa mas durante todo caminho não trocaram uma só palavra. Não precisavam. Sentia-se uma energia entre as duas. Ana estava excitada. Sua artimanha estava funcionando. Pelo menos era o que ela achava. Chegando em casa, uma surpresa. A vizinha as estava esperando. Trouxera o almoço.

– Vocês só tem comido macarronadas e sanduiches. Trouxe comida de verdade.

A vizinha comeu com elas. E foi ficando, ficando. E toda vez que o assunto das conversas pareciam que iam esgotar, a vizinha arrumava um novo. Ana percebeu que ela não sairia tão cedo. Era um verdadeiro balde de água fria em seus planos.

A presença da amiga esfriou o clima entre as duas. A tarde transformou-se em noite. Praticamente expulsaram a vizinha de casa, mas já era tarde. Estavam cansadas e Helena resolveu ir dormir. Ana não teve alternativa a não ser e satisfazer sozinha aquela noite.

 No dia seguinte, outra decepção. Helena insistiu em ir a praia. Sem muitos argumentos, Ana não insistiu. Passaram o dia na praia e só voltaram quando o sol estava se pondo. Banho, troca de roupas. Ana resolveu retornar ao assunto sobre sexo:

– Sabe, Hel, acho que você deve ganhar alguma experiência.

– Ai, Ana, estava super afim de ver os filmes, mas fiquei com vergonha de dizer.

– Ai, que besteira. Com vergonha de mim? – responde rindo. – Vou colocar esse que é bem básico.

No televisor diversas imagens de um casal transando começaram a passar e Ana, inicialmente com uma ar professoral, explicando ao máximo o que acontecia. Quando o homem na tela começou a chupar o sexo da atriz, helena perguntou:

– É bom? Quando chupam nossa buceta?

– É uma delicia, Hel. Uma maravilha. Eu adoro.

Os olhos de helena brilharam.

As duas riam de algumas situações e das conversas, mas o clima de excitação foi crescendo. Ana resolve desinibir completamente e começa a se masturbar. Helena apenas a observa.

– Por que você também não faz também, Hel?

– Ai, estou aqui me queimando.

– Então. Se toca.

E Helena obedece. Seus dedos entram por baixo da calcinha e ela começa a se acariciar. Ora olhando para a tela, ora olhando para a prima, que também se tocava ai ao lado. Em alguns momentos os olhares se cruzavam e dava pra sentir uma tensão, um desejo crescente.

– Posso te ajudar? – Ana perguntou.

Helena respondeu apenas com um sorriso. A outra entendeu e, acariciando a barriga da prima, desceu sua mão pela sua calcinha, até encontrar seu sexo, já molhado. No meio daquela umidade, o dedo entrou fácil. Houve uma resistência inicial de Helena, afinal tudo aquilo era novidade, mas aos poucos a experiência de Ana e a excitação tomaram conta das duas e ela estava ali, entregue aos toques e carícias da prima.

Ana tirou a roupa de Helena, deixando-a nua. Beijando-a pela barriga, foi descendo até encontrar seu sexo. Sua língua brincando com os lábios da buceta da prima, sentindo seu gosto e fazendo-a gozar. Depois puxou-a para sua boca, beijando-a. Não foi o primeiro beijo entre as duas, mas foi o mais intenso, o mais sexual.

Depois foi a vez de Helena experimentar, chupando a prima até a exaustão. Dormiram como anjos depois disso. Nuas e agarradinhas. O resto da semana e até a chegada dos pais, sempre que podiam estavam juntas, beijando-se, acariciando-se ou chupado uma a outra.

E depois disso nunca mais se largaram.

Bruna e Bianca

Desde muito novas sempre fomos muito carinhosas uma com a outra. E, sendo gêmeas, mesmo que não idênticas, sempre fomos muito unidas. Acho que nosso amor sempre foi especial. Diferente. E sempre fomos acostumadas a dividir tudo. Roupas, experiências e, às vezes, até namorados.

Bruna sempre foi mais ousada. Tudo que fez, fez antes de mim: beijo, namorado, transa. Só uma coisa consegui fazer antes dela: beijar uma menina. Mesmo que o mérito, na realidade, tenha sido da menina.

Bruna também adora provocar. Acredito que seja seu hobby predileto. Provoca a todos e todas e é capaz de levar uma pessoa a loucura. Desde muito nova ela descobriu o poder que tinha sobre as pessoas e aprendeu a usá-lo. Inclusive comigo, que sou capaz de tudo por ela.

E foi assim naquele dia, quando tínhamos 17 anos e ela, voltando de uma festa veio me contar, excitadíssima, que tinha beijando uma garota pela primeira vez. Como contávamos tudo uma a outra, ela sabia que eu já tinha ficado com nossa prima.

– Bi, foi tudo que você disse e mais. Fiquei molhadinha.

Eu só conseguia rir dela meio tontinha pela bebida, contando os acontecimentos.

– A menina era bem feminina, mas tinha uma pegada e tanto. Fiquei com vontade de mais.

– Sério, Bru? – Naquele tempo eu não conseguia imaginá-la com desejos por pessoas do mesmo sexo. – Ainda está com vontade de ficar com uma garota.

– Sim, Bi. Adorei vou querer mais.

Ela estava sentada na cama e eu deitada em seu colo. Conversávamos com ela acariciando meus cabelos. As carícias foram ficando mais fortes.

– Pena que eu não tive mais coragem depois de Paulinha.

– Ah, Bi, você é muito devagar. –Disse isso, olhando-me profundamente nos olhos. – Você é muito linda. Qualquer garota iria querer ficar contigo. Aposto que até aquelas metidinhas da escola olham pra você com desejo.

Seu riso preencheu o quarto, enquanto eu começava a ter sentimentos confusos – inebriada pela história de Bruna, de vontades, carências e tesão. O silêncio tomou conta do ambiente. Ela olhava profundamente dentro de meus olhos. Um pequeno sorriso no canto da boca de ambas denunciavam o pensamento de por que não? Senti sua mão pegar forte em meus cabelos e aproximar meu rosto no seu. Nossas bocas se tocaram, inicialmente de forma leve, mas, aos poucos, a intensidade aumentou, culminando em um beijo louco.

Deitei sobre ela e nossas pernas se enroscaram, as mãos entravam por baixo das roupas, sentido a pele macia da outra. Blusas e calças voavam pelo quarto e em instantes estavam nuas. Sempre víamos o corpo desnudo da outra, sem malícia. Mas ali, naquele momento, tomadas pelo desejo, o tesão era o que imperava ao ver aqueles seios e bundas. A partir daquele dia tornamo-nos amantes. E eu, ainda mais subserviente.

Tio Felipe sempre foi um de seus alvos prediletos. Apesar de chama-lo “Tio”, Felipe na verdade é um primo, quase 20 anos mais velho. Alto, magro, porém com corpo definido. Parecia bem mais jovem, mas já apresentava alguns fios prateadas no cabelo. Após seu divorcio, há três anos, nosso “primo-tio” passou a se cuidar melhor e tornou-se um homem ainda mais interessante.

E, por ironia do destino, sua recém solteirice coincidiu com a fase em que tanto eu quanto Bruna começamos a nos desenvolver. As curvas acentuaram, os seios surgiram. Meninas tornando-se mulheres. E muito hormônio no ar. Claro que começamos a perceber um olhar mais atento de nosso querido “tio”. Eu sempre fui discreta, mas Bruna, com sua personalidade exibicionista, provocava-o sem dó. Decotes e olhares eram sua arma predileta. Levava-o a loucura, em um jogo de “mostra-esconde”, mas sempre mantendo uma distância segura. Seu fetiche era a provocação.

Já “namorávamos” escondidas há uns três meses. Como sempre fomos muito carinhosas uma com a outra, ninguém nunca notou um comportamento mais ousado entre nós duas. E, claro, procurávamos ser discretas, mantendo nossos encontros restritos ao quarto que dividíamos. Contudo, uma festa em família com a presença de nosso “tio” mexeu com as ousadias de Bruna. Naquela noite, ela levou suas fantasias ao extremo.

Sabendo que Felipe estaria lá, escolheu vestir um vestido extremamente decotado ressaltando seus seios e pernas. Fez questão de escolher o meu, um pouco mais discreto, mas com atributos similares: decotes e pernas de fora. Tentei argumentar contrariamente, mas ela disse que não teria discussão. Deveria vestir o que ela mandava. Obediente, foi o que fiz.

Já durante o encontro familiar, exibiu-se ao máximo para nosso primo. Provocava-o de toda forma, mostrando as pernas e o decote. Olhando-o e sorrindo. No início eu apenas assistia, divertindo-me com a brincadeira dela, mas toda situação mudou de rumo quando ela me incluiu na brincadeira. Ela me chamou para conversar com umas tias e primas, sentando-me no sofá próximo a elas. Como não tinha lugar vago, ela sentou-se no meu colo. Foi quando percebi que o lugar era estrategicamente posicionado a frente de nosso “tio” Felipe.

Bruna não parava de olha-lo. Era até engraçado vê-lo tentando ser discreto enquanto tentava olhar para nos duas. Bruna acariciava meus cabelos e, sempre que encontrava um momento em que apenas ele estava olhava, acariciava minhas pernas, encarando-o. Dava para perceber que ele suava, mesmo não estando quente aquela noite.

No momento mais ousado Bruna beijou-me na bochecha, mas aproximando o máximo possível do canto de minha boca. Era visível a inquietação de nosso primo, do outro lado da sala, olhando aquilo sem poder fazer nada (tanto que um outro primo que estava na mesma roda de conversa dele, em certo momento, perguntou se ele estava passando mal). E não era só ele que estava sendo provocado. Eu já estava ficando inquieta também, excitadíssima, louca para agarrar minha irmã e beija-la.

Bruna resolveu dar uma nova cartada em seu joguete. Sem avisar, levantou-se e foi até Felipe. Cochichou algo em seu ouvido, voltou e, em vez de sentar no meu colo, sentou-se do meu lado. Perguntei o que ela tinha lhe falado. Sua resposta foi um seco aguarde que você vai ver.

A partir desse momento Bruna mudou, tornando-se mais quieta e menos provocativa. Praticamente não olhou para nosso “tio”, virando-se em sua direção apenas quando ele levantou-se e sumiu pelo corredor. Cerca de 10 minutos depois ela cochicha em meu ouvido:

– Bi, espere uns 15 minutos e vá até o terceiro quarto.

Não esperou nenhuma resposta minha. Levantou-se e, seguindo o mesmo caminho de nosso “tio”, sumiu pelo corredor.

Foram os 15 minutos mais longo de minha vida, sem saber o que estava acontecendo. As primas ao meu redor conversavam banalidades. Escutava os sons que elas faziam, mas não conseguia participar da conversar Minha mente estava no terceiro quarto. Olhei para o relógio. 15 minutos. Pedi licença e fui.

Em frente à porta do terceiro quarto meu coração disparou. Olhei pelo corredor em direção a sala, para ver se alguém estava olhando. Quem poderia me ver, não estava prestando atenção. Dei duas batinhas na porta. Nenhuma resposta. Testei a maçaneta. A porta abriu. Entrei perguntando:

– Bruna?

Nenhuma resposta. Fechei a porta atrás de mim. A escuridão dominava o quarto. Mal conseguia perceber as silhuetas. Enquanto meus olhos se acostumavam com as sombras, escutei a voz de Bruna:

– Tranque a porta.

Um abajur foi ligado, deixando o ambiente a meia luz. Bruna estava sentada sobre uma cama de casal, apenas de calcinha. À frente dela, uma cadeira estava estrategicamente posicionada, com algum sentado e amarrado. De meu ângulo de visão, a cadeira estava de costas, não sendo possível ver quem estava sentado, mas conclui que era Tio Felipe. Bruna sinalizou com o dedo, chamando-me. Caminhei até ela e no caminho percebi que, além de amarrado, ele estava amordaçado e completamente nu. Impossibilitado de poder fazer qualquer som.

Sob suas ordens, sentei-me ao lado de minha irmã, e olhei para nosso “tio”. Ele estava ansioso e visivelmente excitado. Bruna me abraçou e começou a me despir.

– Bi, vamos fazer um showzinho que Tio Felipe nunca vai esquecer.

À medida que as roupas iam caindo no chão, sua boca tocava minha pele. Em instantes estava nua e a mercê das fantasias de Bruna. Nossas bocas se encontraram, enquanto seus dedos acariciavam meu sexo. Eu estava arrepiada e meu corpo se contorcia involuntariamente sob seu controle. Bruna usou-me de toda forma – levando-me ao delírio. Gozei. Ela me fez sentir meu gosto. Só nesse momento voltei a olhar para nosso primo, que estava babando de vontade.

– Gostou, tio? – Ela perguntou. Ele, como resposta, apenas balançou a cabeça para cima e para baixo. – Achou que ia comer suas sobrinhas tios? Não somos tão fáceis assim não. Hoje você só vai me ver comer minha irmãzinha.

Bruna se levantou e foi até ele.

– Quer mais que isso, não? Você nos que, não é?

Felipe apenas sinalizava afirmativamente com a cabeça. Bruna lambeu seu rosto e abaixou-se, beijando seu membro semi-entumecido.  Foi apenas um beijo. Depois disso ela se levantou e voltou-se para mim. Naquele momento percebi que nosso “tio”, assim como eu, era apenas mais um brinquedo na mãos de minha deliciosa irmã.

Natally

“Oh, que festa chata”, pensou Natally, enquanto circulava mais uma vez entre pessoas que mal conhecia, fingindo sorrisos. Havia sido contratada fazia pouco tempo e como era o período de festas de final de ano, logo chegou a confraternização da empresa. Querendo ou não, precisava participar. “É importante para você ir, Natally” – dissera seu noivo – “Irá conhecer as pessoas, fazer o network”. O garçom passou perto dela com uma bandeja cheia de copos. “Pelo menos tenho champanha de graça” e pegou mais uma taça.

A festa acontecia no apartamento do chefe. Apartamento? Aquilo era uma mansão nas alturas. Quadragésimo quinto andar. Tinha certeza que seu apartamento devia caber no closet do homem. Pensando bem, pelo que estava vendo, o closet deve ser mais espaçoso.

Deu mais uma olhada em volta. Não encontrava o chefe, nem mais ninguém conhecido do escritório. “Onde estará esse povo?”

Foi quando ela entrou. Vestia um vestido verde escuro de seda com detalhes brancos que contrastava com seus cabelos vermelhos e sua pela leitosa. “Nossa” – pensou Natally – “Poderosa…quem será?”. Acompanhou-a por um instante e percebeu que todos falavam com ela. Todos a conheciam. Menos ela. Ficou ainda mais intrigada.

Decidiu tomar um ar e seguiu para a varanda. No caminho, encontrou com mais uma bandeja e mais uma taça. Lá, encostou-se no parapeito e ficou admirando a paisagem.

Não saberia dizer quanto tempo passou ali, até o momento que escutou uma voz:

  – Lindo não!

Assustou-se, tirada abruptamente de seus devaneios, e virou-se. Era a mulher de verde. O coração estava disparado. Nesse momento não saberia dizer se pelo susto ou pela presença da estranha ruiva.

– Assustei-a? Desculpe-me.

– Não, sim…quero dizer…tudo bem.

A ruiva olhava-a bem nos olhos, encarando-a. Ela não sabia o que fazer. Incialmente tentou desviar o olhar, tímida, mas as mãos brancas da outra tocou-lhe delicadamente o rosto, levantando-o e forçando os olhares se cruzarem novamente.

– Como se chama, bela?

– Natally.

– Que está achando da festa, Natally?

– A festa está linda, mas está muito chata para mim.

– Percebi que está só, menina. Uma menina linda como você não deveria ficar só.

– Agora estou bem acompanhada – respondeu sorrindo. A ruiva também sorriu.

Naquele momento Natally sentiu-se extremamente confortável com a presença da outra. Mas, mais uma vez foi surpreendida pela ruiva, quando ela, do nada disse:

– Você me deixa com tesão. Vamos ao quarto?

– Com… como assim.

– Assustei-a novamente. Não se assuste, garota. Não gosto de perder tempo. Estou com vontade. Quero você. Acho que você também sente algo. Porque perder tempo? Se não quiser, tudo bem.

– E… eu nunca fiz…

– Com uma garota?

– Sim. – A voz de Natally quase não saia. Estava assustada demais para falar. Teve vontade de correr, mas algo a segurava. Sentia o sexo úmido entre as pernas.

– Hum… Não tenha medo. Venha comigo. – Não era um pedido. Estava mais para uma ordem. Mas pegou delicadamente a mão de Natally, e guiou-a, entre as pessoas até um quarto. “Estou louca. É isso. Enlouqueci completamente.”, pensava ela, enquanto seguia a mulher vestida de verde.

No quarto, sentiu suas roupas sendo tiradas, com um misto de velocidade e delicadeza. Quando estava completamente nua, a ruiva posou a sua frente admirando seu corpo.

– Linda!

Posou-a sentada na cama, abrindo delicadamente suas pernas e ajoelhando-se a sua frente. Nathally sentiu, então, pela primeira vez, a língua de uma mulher em seu sexo. Em poucos segundos teve que pegar um travesseiro e cobrir o próprio rosto, para abafar os gritos e gemidos.

A ruiva pulou sobre seu corpo, beijando-a a boca. Era o primeiro beijo com uma mulher. O primeiro beijo com o seu gosto na boca dela. Onde estava a língua, ocupava-se agora a mão dela. Dedilhando-a com maestria, Natally rebolava. Gozou.

Sem tirar o vestido, a ruiva sentou-se sobre seu rosto. Natally percebeu que ela já estava sem calcinha desde sua chegada, pois não a tinha visto tira-la. Mesmo sem ter certeza se estava fazendo certo, começou a chupa-la. Inicialmente estranhou o gosto, mas os movimentos da mulher foram excitando-a e fazendo-a lamber mais, e mais forte. Em pouco tempo, sentiu o gozo vindo. Beijaram-se.

A ruiva se levantou.

– Obrigada, minha linda Natally. Arrume-se devagar e volte para festa em uns dez minutos. – E saiu.

Ainda sem entender bem o que tinha acontecido, restava a ela apenas obedecer. Lembrou-se por um momento que era a primeira vez que fazia aquilo. Nunca, em toda sua vida tinha sido tão impulsiva. E de uma única vez, tinha traído o noivo e logo com uma mulher. E nem sabia o nome dela.

Quando saiu, procurou pela Ruiva, mas não a encontrou. Encontrou apenas algumas poucas pessoas do escritório. Finalmente tinham chegado. Conversava um pouco com eles, quando percebeu o chefe do outro lado da sala. Foi até ele, cumprimenta-lo. Ao vê-la, disse:

– Ola, Natally, que bom que veio.

– Chefe… – Respondeu, oferecendo a mão para cumprimenta-lo. Ele, então, virou-se, pegando uma mulher, delicadamente, pelo braço.

– Gostaria que conhecesse minha mulher, Marisa.

Natally ficou sem voz. Marisa era uma estonteante ruiva, de olhos e vestido verdes. E vendo-a, apenas limitou-se a sorrir e dizer:

– Prazer.