Bruna e Bianca

Desde muito novas sempre fomos muito carinhosas uma com a outra. E, sendo gêmeas, mesmo que não idênticas, sempre fomos muito unidas. Acho que nosso amor sempre foi especial. Diferente. E sempre fomos acostumadas a dividir tudo. Roupas, experiências e, às vezes, até namorados.

Bruna sempre foi mais ousada. Tudo que fez, fez antes de mim: beijo, namorado, transa. Só uma coisa consegui fazer antes dela: beijar uma menina. Mesmo que o mérito, na realidade, tenha sido da menina.

Bruna também adora provocar. Acredito que seja seu hobby predileto. Provoca a todos e todas e é capaz de levar uma pessoa a loucura. Desde muito nova ela descobriu o poder que tinha sobre as pessoas e aprendeu a usá-lo. Inclusive comigo, que sou capaz de tudo por ela.

E foi assim naquele dia, quando tínhamos 17 anos e ela, voltando de uma festa veio me contar, excitadíssima, que tinha beijando uma garota pela primeira vez. Como contávamos tudo uma a outra, ela sabia que eu já tinha ficado com nossa prima.

– Bi, foi tudo que você disse e mais. Fiquei molhadinha.

Eu só conseguia rir dela meio tontinha pela bebida, contando os acontecimentos.

– A menina era bem feminina, mas tinha uma pegada e tanto. Fiquei com vontade de mais.

– Sério, Bru? – Naquele tempo eu não conseguia imaginá-la com desejos por pessoas do mesmo sexo. – Ainda está com vontade de ficar com uma garota.

– Sim, Bi. Adorei vou querer mais.

Ela estava sentada na cama e eu deitada em seu colo. Conversávamos com ela acariciando meus cabelos. As carícias foram ficando mais fortes.

– Pena que eu não tive mais coragem depois de Paulinha.

– Ah, Bi, você é muito devagar. –Disse isso, olhando-me profundamente nos olhos. – Você é muito linda. Qualquer garota iria querer ficar contigo. Aposto que até aquelas metidinhas da escola olham pra você com desejo.

Seu riso preencheu o quarto, enquanto eu começava a ter sentimentos confusos – inebriada pela história de Bruna, de vontades, carências e tesão. O silêncio tomou conta do ambiente. Ela olhava profundamente dentro de meus olhos. Um pequeno sorriso no canto da boca de ambas denunciavam o pensamento de por que não? Senti sua mão pegar forte em meus cabelos e aproximar meu rosto no seu. Nossas bocas se tocaram, inicialmente de forma leve, mas, aos poucos, a intensidade aumentou, culminando em um beijo louco.

Deitei sobre ela e nossas pernas se enroscaram, as mãos entravam por baixo das roupas, sentido a pele macia da outra. Blusas e calças voavam pelo quarto e em instantes estavam nuas. Sempre víamos o corpo desnudo da outra, sem malícia. Mas ali, naquele momento, tomadas pelo desejo, o tesão era o que imperava ao ver aqueles seios e bundas. A partir daquele dia tornamo-nos amantes. E eu, ainda mais subserviente.

Tio Felipe sempre foi um de seus alvos prediletos. Apesar de chama-lo “Tio”, Felipe na verdade é um primo, quase 20 anos mais velho. Alto, magro, porém com corpo definido. Parecia bem mais jovem, mas já apresentava alguns fios prateadas no cabelo. Após seu divorcio, há três anos, nosso “primo-tio” passou a se cuidar melhor e tornou-se um homem ainda mais interessante.

E, por ironia do destino, sua recém solteirice coincidiu com a fase em que tanto eu quanto Bruna começamos a nos desenvolver. As curvas acentuaram, os seios surgiram. Meninas tornando-se mulheres. E muito hormônio no ar. Claro que começamos a perceber um olhar mais atento de nosso querido “tio”. Eu sempre fui discreta, mas Bruna, com sua personalidade exibicionista, provocava-o sem dó. Decotes e olhares eram sua arma predileta. Levava-o a loucura, em um jogo de “mostra-esconde”, mas sempre mantendo uma distância segura. Seu fetiche era a provocação.

Já “namorávamos” escondidas há uns três meses. Como sempre fomos muito carinhosas uma com a outra, ninguém nunca notou um comportamento mais ousado entre nós duas. E, claro, procurávamos ser discretas, mantendo nossos encontros restritos ao quarto que dividíamos. Contudo, uma festa em família com a presença de nosso “tio” mexeu com as ousadias de Bruna. Naquela noite, ela levou suas fantasias ao extremo.

Sabendo que Felipe estaria lá, escolheu vestir um vestido extremamente decotado ressaltando seus seios e pernas. Fez questão de escolher o meu, um pouco mais discreto, mas com atributos similares: decotes e pernas de fora. Tentei argumentar contrariamente, mas ela disse que não teria discussão. Deveria vestir o que ela mandava. Obediente, foi o que fiz.

Já durante o encontro familiar, exibiu-se ao máximo para nosso primo. Provocava-o de toda forma, mostrando as pernas e o decote. Olhando-o e sorrindo. No início eu apenas assistia, divertindo-me com a brincadeira dela, mas toda situação mudou de rumo quando ela me incluiu na brincadeira. Ela me chamou para conversar com umas tias e primas, sentando-me no sofá próximo a elas. Como não tinha lugar vago, ela sentou-se no meu colo. Foi quando percebi que o lugar era estrategicamente posicionado a frente de nosso “tio” Felipe.

Bruna não parava de olha-lo. Era até engraçado vê-lo tentando ser discreto enquanto tentava olhar para nos duas. Bruna acariciava meus cabelos e, sempre que encontrava um momento em que apenas ele estava olhava, acariciava minhas pernas, encarando-o. Dava para perceber que ele suava, mesmo não estando quente aquela noite.

No momento mais ousado Bruna beijou-me na bochecha, mas aproximando o máximo possível do canto de minha boca. Era visível a inquietação de nosso primo, do outro lado da sala, olhando aquilo sem poder fazer nada (tanto que um outro primo que estava na mesma roda de conversa dele, em certo momento, perguntou se ele estava passando mal). E não era só ele que estava sendo provocado. Eu já estava ficando inquieta também, excitadíssima, louca para agarrar minha irmã e beija-la.

Bruna resolveu dar uma nova cartada em seu joguete. Sem avisar, levantou-se e foi até Felipe. Cochichou algo em seu ouvido, voltou e, em vez de sentar no meu colo, sentou-se do meu lado. Perguntei o que ela tinha lhe falado. Sua resposta foi um seco aguarde que você vai ver.

A partir desse momento Bruna mudou, tornando-se mais quieta e menos provocativa. Praticamente não olhou para nosso “tio”, virando-se em sua direção apenas quando ele levantou-se e sumiu pelo corredor. Cerca de 10 minutos depois ela cochicha em meu ouvido:

– Bi, espere uns 15 minutos e vá até o terceiro quarto.

Não esperou nenhuma resposta minha. Levantou-se e, seguindo o mesmo caminho de nosso “tio”, sumiu pelo corredor.

Foram os 15 minutos mais longo de minha vida, sem saber o que estava acontecendo. As primas ao meu redor conversavam banalidades. Escutava os sons que elas faziam, mas não conseguia participar da conversar Minha mente estava no terceiro quarto. Olhei para o relógio. 15 minutos. Pedi licença e fui.

Em frente à porta do terceiro quarto meu coração disparou. Olhei pelo corredor em direção a sala, para ver se alguém estava olhando. Quem poderia me ver, não estava prestando atenção. Dei duas batinhas na porta. Nenhuma resposta. Testei a maçaneta. A porta abriu. Entrei perguntando:

– Bruna?

Nenhuma resposta. Fechei a porta atrás de mim. A escuridão dominava o quarto. Mal conseguia perceber as silhuetas. Enquanto meus olhos se acostumavam com as sombras, escutei a voz de Bruna:

– Tranque a porta.

Um abajur foi ligado, deixando o ambiente a meia luz. Bruna estava sentada sobre uma cama de casal, apenas de calcinha. À frente dela, uma cadeira estava estrategicamente posicionada, com algum sentado e amarrado. De meu ângulo de visão, a cadeira estava de costas, não sendo possível ver quem estava sentado, mas conclui que era Tio Felipe. Bruna sinalizou com o dedo, chamando-me. Caminhei até ela e no caminho percebi que, além de amarrado, ele estava amordaçado e completamente nu. Impossibilitado de poder fazer qualquer som.

Sob suas ordens, sentei-me ao lado de minha irmã, e olhei para nosso “tio”. Ele estava ansioso e visivelmente excitado. Bruna me abraçou e começou a me despir.

– Bi, vamos fazer um showzinho que Tio Felipe nunca vai esquecer.

À medida que as roupas iam caindo no chão, sua boca tocava minha pele. Em instantes estava nua e a mercê das fantasias de Bruna. Nossas bocas se encontraram, enquanto seus dedos acariciavam meu sexo. Eu estava arrepiada e meu corpo se contorcia involuntariamente sob seu controle. Bruna usou-me de toda forma – levando-me ao delírio. Gozei. Ela me fez sentir meu gosto. Só nesse momento voltei a olhar para nosso primo, que estava babando de vontade.

– Gostou, tio? – Ela perguntou. Ele, como resposta, apenas balançou a cabeça para cima e para baixo. – Achou que ia comer suas sobrinhas tios? Não somos tão fáceis assim não. Hoje você só vai me ver comer minha irmãzinha.

Bruna se levantou e foi até ele.

– Quer mais que isso, não? Você nos que, não é?

Felipe apenas sinalizava afirmativamente com a cabeça. Bruna lambeu seu rosto e abaixou-se, beijando seu membro semi-entumecido.  Foi apenas um beijo. Depois disso ela se levantou e voltou-se para mim. Naquele momento percebi que nosso “tio”, assim como eu, era apenas mais um brinquedo na mãos de minha deliciosa irmã.

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